Duas crianças morrem afogadas no Mediterrâneo todos os dias

Todos os dias morrem em média duas crianças afogadas no Mediterrâneo, numa tentativa de chegar à Europa com as suas famílias. De acordo com a UNICEF, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados e a Organização Internacional para a Migração, desde setembro de 2015, 340 crianças perderam a vida, embora o número total deva ser superior, já que muitos dos corpos não são resgatados.

Num comunicado conjunto divulgado hoje, as três organizações apelam para a necessidade de medidas que aumentem a segurança daqueles que tentam escapar ao conflito e ao desespero. 

“Estas mortes trágicas no Mediterrâneo são intoleráveis e devem parar”, sublinhou Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, para quem “são necessários mais esforços para combater o contrabando e o tráfico.

Uma vez que a maioria das crianças e adultos mortos tentavam juntar-se aos familiares na Europa, a implementação de medidas para que as pessoas viajem legalmente e em segurança “deve ser uma prioridade absoluta se queremos reduzir o número de vítimas”. Para Filippo Grandi, esta situação pode ser possível com a recolocação e programas de reunificação de famílias”. 

As crianças representam agora 36% dos que tentam escapar à guerra e a possibilidade de morrerem por afogamento no Mar Egeu aumentou proporcionalmente. Durante as primeiras seis semanas de 2016, 410 pessoas perderam a vida entre 80 mil que atravessaram o Mediterrâneo Oriental. O número representa um aumento de 35 vezes relativamente a 2015. 

Fonte: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)

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