Médicos do Mundo condena ataque ao hospital em Maarat al-Noaman

A delegação portuguesa da Médicos do Mundo (MdM) condenou hoje em comunicado “o ataque cobarde de que foi alvo um hospital em Maarat al-Noaman, na Síria, gerido pela ONG Médicos Sem Fronteiras”. Para a MdM “tal ação é inaceitável e constitui uma violação do direito internacional e um crime contra toda a humanidade”.

A ONG  recorda “que deste ato agressor resultaram mais 50 mortes e 40.000 pessoas sem acesso a cuidados médicos em uma zona de conflito aberto, a somar a mais de 60 hospitais e clínicas apoiados pela Médicos sem Fronteiras na Síria, que foram atacados em 2015”.

No texto divulgado à Imprensa a delegação portuguesa da Médicos do Mundo reforça o apelo à comunidade internacional, em particular à ONU e à UE, “no sentido de agirem rapidamente na defesa dos Direitos Humanos e na busca de uma solução política para esta crise global, consubstanciada pelo êxodo de milhões de pessoas, totalmente desprotegidas e vulneráveis (mulheres, crianças e debilitados) que procuram, apenas e só um refúgio que lhes permita ter Paz nas suas vidas”.

A delegação portuguesa da Médicos do Mundo “chama à atenção de que cabe aos diferentes Estados Membros da UE estabelecer uma política solidária comum, assente nos princípios base do tratado da União, onde a salvaguarda dos Direitos Humanos, à luz das Convenções de Genebra, decorre dos valores éticos e culturais que são constitutivos do projeto europeu”.

Para a MdM, “em defesa destes valores, a UE deve contar com todas as ONG como um dos seus principais interlocutores. Assumindo que estas desempenham historicamente um papel decisivo na defesa destes valores juntos das comunidades e da base do tecido social”.

A delegação portuguesa da Médicos do Mundo deixou  também “uma palavra solidária para as famílias das vítimas deste ataque e um abraço fraterno à Médicos sem Fronteiras”.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.